Uma casa para passar alguns dias, ou pernoitar após reunir família e amigos num lugar amplo que possibilitasse esses encontros. No meio da imensidão do pasto da fazenda de gado, um casal queria assim fazer uma segunda casa. Queriam uma barraca simples, que além do quarto abrigasse uma cozinha, banheiros e sauna, e com uma piscina.
Naquela paisagem de pasto, manchas isoladas de reserva de mata testemunham o passado daquele lugar, que num tempo não tão distante foi floresta. A barraca que foi proposta abraça e protege uma nova mancha de floresta criada em memória daquela que não existe mais. Um pátio com vestígios de um microclima mais ameno que o pasto dos arredores, e também propício à vida de várias espécies, capaz de dar suporte a plantas nativas e atrair animais silvestres.
Todos os ambientes se organizam em torno desse pátio, de onde também emana a água da piscina. Árvores altas atravessarão a cobertura, que foi aberta na parte central, assim como no quadrante da piscina, criando uma diagonal que enfatiza a presença da água e sua relação com o fragmento de floresta do pátio. A estrutura da cobertura é de treliças de madeira laminada colada apoiadas nos quatro vértices do pátio em quatro pilares de concreto. De longe, a construção esconde sua complexidade e pode ser vista como qualquer outra construção de roça do entorno.